segunda-feira, 16 de abril de 2012

Sonhos e Expectativas

            Sonhos são projetos que fazemos a longo prazo para satisfazer nossos interesses. É necessário sonhar sempre alto, esperando o melhor dos resultados, ainda que sejam excessivamente grandes e fantasiosos, para poder realizar feitos que sejam os mais grandiosos possíveis e condizentes com o nosso desejo.

            A questão fundamental é que nunca obtemos tudo o que desejamos, tampouco da maneira como queremos. Temos, por conta disso, que sonhar acima das nossas reais perspectivas de sucesso, pois um sonho que esteja no nível do objetivo que queremos atingir não é capaz de sobreviver aos obstáculos da realidade, gerando resultados insatisfatórios. Fazendo um paralelo com termos matemáticos, é como se os sonhos fossem limites que tendem ao infinito, do qual podemos aproximar a realidade ao máximo, sem, no entanto, alcançá-los.



            As expectativas, em oposição aos sonhos, são projeções que fazemos a curto prazo e que, geralmente, envolvem decisões e interferências de outras pessoas. Expectativas muito altas fomentam falsas esperanças, o que inviabiliza o nosso controle da situação e nos deixa mais suscetíveis à decepções. É mais seguro diminuirmos o quanto pudermos nossas expectativas, para evitarmos as frustrações e desgastes.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Expansão, Porém sem Estado-Mínimo

Aproximadamente duas semanas atrás, instituições geridas pelo governo nacional, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, anunciaram um reescalonamento de tarifas bancárias. Sendo respeitados prazos de contratos firmados, as modificações serão executadas com o tempo e os clientes pagarão valores significativamente menores aos serviços bancários.

Uma semana antes do anúncio dos bancos nacionais, o banco dos bancos, Banco Central do Brasil, reduziu a taxa Selic em 0,75%. De 10,5% chegamos a um dígito de juros básico, 9,75%. Certamente essas alterações nas tarifas bancárias são uma consequência da decisão do BACEN. Até o momento demais bancos populares (gestão privada), Bradesco, Itaú, Santander, não anunciaram qualquer alteração dessa natureza.



domingo, 26 de fevereiro de 2012

Fronteiras? Só para o ser humano!

Como nunca antes, vivemos hoje em mundo completamente interligado. A dita globalização, da qual supostamente fazemos parte, enquanto seres humanos, tem como principal característica o tempo e espaço reduzidos. Tudo o que acontece no mercado financeiro, na política nacional e internacional, com o meio ambiente, etc. é repassado a uma velocidade incrível e pode interferir direta ou indiretamente nas sociedades ao redor do globo.

A grande verdade, como já dizia Milton Santos e outros estudiosos da área, é que essa globalização pode ser encarada como perversa, pois, antes de tudo, prioriza o lucro e a sustentação do poder de uma minoria em detrimento da condição humana. Com isso, se produz cada vez mais a desigualdade social e a deterioração da identidade e cultura das populações.

Muitos assuntos poderiam ser explorados em cima desse tema. Poderíamos falar da tirania do dinheiro, do papel essencial da tecnologia da informação no fortalecimento dessa globalização, da mídia, dos jogos de poder envolvidos, entre outros. Contudo, por enquanto, acho pertinente tratar de um assunto que engloba um grande número de acontecimentos recentes ao redor do mundo, inclusive no Brasil, e que é um elemento essencial dessa perversidade sistêmica: as fronteiras.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Não Adianta só Trocar o Bastão



De modo geral (grosseiramente), o comércio foi o “grande meio” que possibilitou aos Estados da Europa Ocidental exercer uma hegemonia territorial por todo planeta até a ascensão de outras nações, ressalta-se os Estados Unidos. O sistema elaborado pelos homens na época a serviço dos Estados permitiu, devido a sua indubitável flexibilidade, a criação de instituições ou empresas mais poderosas que os próprios Estados. Surge então o antagonismo de poder entre os dois blocos quanto ao comando da economia.

Seria fácil identificar o melhor caminho se as retrações econômicas do período fossem justificadas somente pela ausência ou excesso de participação do governo no plano econômico. Porém, ocorreram, por toda história, desajustes socioeconômicos dramáticos em variados locais do mundo ocasionados ora pela pujança empresarial ora pelos governos, expansionistas, ditatoriais e/ou corruptos. 

 A crise financeira mundial iniciada no fim de 2007 provocada pela especulação violenta de agentes financeiros somada à corrupção das agências classificadoras de risco sugere, no atual momento, uma retomada da participação do Estado como controlador da economia de uma nação. O que já é possível ver no horizonte?

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

E a Freguesia Continua



            O jogo de ontem foi um divisor de águas para as duas torcidas. Todos os são-paulinos estavam esperando o jogo de ontem para poder avaliar seu time de uma maneira mais real, pois o São Paulo só estava enfrentando times fracos e mesmo assim vinha tendo dificuldades em alguns jogos. Já a torcida corintiana precisava de um bom jogo para perceber que o Timão estava forte na Libertadores, pois com as atuações contra os pequenos, estava deixando a desejar

            E o jogo era no Pacaembu. Um problema para os tricolores que há um bom tempo não consegue vencer no estádio municipal de São Paulo (não me lembro da última vez que venceu). E mais uma vez deu Timão. Mesmo sem contar com seus principais jogadores do meio para frente, o Corinthians mostrou que tem um elenco forte para a disputa do torneio sul-americano. Com a entrada de Jorge Henrique, William e Élton, esse trio mostrou uma facilidade incrível para entrar na zaga do São Paulo e garanto que se não fosse a boa atuação do goleiro Denis (aliás, este que, apesar de muita especulação sobre ele, vem se firmando como o sucessor de Rogério Ceni) viraria o primeiro tempo vencendo de 2 ou 3 a 0.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Pinheirinho e Bahia nunca estiveram tão próximos

No dia 22 de janeiro de 2012, deu-se início à operação de reintegração de posse na comunidade do Pinheirinho em São José dos Campos. Após uma confusão na esfera jurídica sobre a autorização para que essa ação fosse realizada, a tensão se instalou na região com a invasão da PM.

Bombas de “efeito moral”, balas de borracha, armas de fogo  e violência gratuita fizeram parte da ação de desocupação (tudo isso, enquanto Naji Nahas fumava seu charuto). Lamentavelmente, não é nenhuma novidade que uma ação que envolva a polícia e o cidadão humilde termine em violência, com o maior prejuízo para o último.

A questão é que nessa ação vimos o quão a justiça, o governo, a polícia e a mídia são corrompidos. 

Sobre a justiça não há necessidade de explicar, pois é fácil de ver que não está sendo levada a sério; sobre o governo, é bom lembrar que quem manda na política, hoje, é o dinheiro e o jogo de interesses; sobre a polícia militar posso dizer que a corrupção está nas entranhas da organização, tanto na parte de cima quanto na parte de baixo da hierarquia, embora existam policiais que ainda acreditam e realizam seu trabalho com dignidade; sobre a mídia, ah a mídia, lugar de ideologias que se perdem e são achadas de acordo com o interesse de quem manda e que quase nunca tem o real interesse de informar a população sem ser tendenciosa.